terça-feira, 8 de março de 2011

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA


1 – LINGUAGEM TÉCNICA

EEE
EDIÇÃO NÃO-LINEAR: edição em que as cenas ou os trechos estão armazenados digitalmente no computador estando disponíveis imediatamente.
EDL: abreviatura de Edit Decision List, relação das edições executadas ou a executar.
EFEITO MOSAICO: efeito digital que fragmenta a imagem em pequenos quadrados.
EFP: abreviatura de Eletronic Field Production, termo usado para designar equipamentos destinados a realização de programas (produções) de alta qualidade.
EIXO DE CÂMERA: regra utilizada que determina o deslocamento de uma câmera em um ângulo de 180 graus.
ELEMENTO DE IMAGEM: ver pixel.

ENREDO: conjunto de peripécias que constituem uma obra de ficção.

ENCENAÇÃO: conforme Cunha (1982), o termo encenação vem do latim scena ou sccaena, palavra derivada do grego skene, significando originalmente tenda. É a manifestação que, por meio de um conjunto de atitudes, escolhas, seleções, expressa uma proposta humana, bem demarcada e definida. Ela só acontece quando existe o espectador, uma platéia ou alguém que se comunique algo; em linguagem semiótica, um receptor. Cena diz respeito a uma relação, em principio, espaço-temporal, na qual algum acontecimento se registra, em um certo momento e lugar delimitado.
ENZIME WASH: dá aspecto envelhecido ao tecido. A lavagem enzimática é feita a 40° C por 60 minutos. Depois, o tecido passa por um processo de amaciamento.

EPISÓDIO: ações acessórias, ligadas à principal.

ESCALETA: é o planejamento da ação dramática ao longo de vários capítulos. Em reuniões periódicas, o autor titular define com seus colaboradores o que vai acontecer nos capítulos seguintes. Depois, detalha cada seqüência a ser escrita e delega tarefas.
ESPECTADOR: aquele que vê qualquer ato; testemunha; aquele que assiste a qualquer espetáculo.
ESPETÁCULO: como se sabe o conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes que inscreve a moda no sistema vestimentar que transfigura seus pensamentos. As suas diversidades e contrastes são as aparências organizadas socialmente, que devem, elas próprias, serem reconhecidas na sua verdade geral. Considerado segundo os seus próprios termos, o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda a vida humana, socialmente falando, como simples aparência.
Mas a crítica que atinge a verdade do espetáculo descobre-o como a negação visível da vida; uma negação da vida que se tornou visível, justamente por ser então, uma forma mais elevada da alienação que encanta, hipnotiza e marca o espectador seja ele falado, cantado ou dançado, o importante é o geral da fantasia, é a missão comprida, a mensagem transmitida e entendida. Não importa quão grande seja o espetáculo representado, se possui muitos figurinos, atores e grandes cenários, e é uma produção feita com muitos recursos financeiros, o importante é saber trabalhar com as linguagens, com os tecidos, cores, texturas, saber identificar as necessidades da cena, saber criar um mundo de fantasia para encantar o público e trazer uma harmonia visual com todos os elementos cênicos.         (BINGEMER, 2005: www.adital.com.br/site/noticia
_imp.asp?cod=17639&lang=PT).
Ele é algo muito diferente de uma simples teoria da “manipulação” ou da “falsa consciência”; ele é possível viver diretamente uma representação da realidade, na qual as imagens que se destacam de cada aspecto da vida se unificam num “pseudomundo” onde passam a ser admiradas, por parte do espectador. Para que haja este entendimento é necessária a emissão de uma mensagem a alguém dentro do espetáculo, através das roupas e acessórios.
“As imagens", os "meios de comunicação" ou "a política” aparecem como categorias que conservaram uma lógica própria. Reinterpretado sob essa ótica, o conceito de espetáculo não parece distinguir muito de algo como a “mitologia”, de Regis Debray ou das ou das afirmações Jean Baudrillard, para quem, de agora em diante, tudo é uma imagem que não reflete mais uma “realidade". Mas, em Debord, a "imagem" não é um fator circunscrito, separado da totalidade social, “Espetáculo” é toda substituição do vivido e sua representação, toda situação em que a contemplação passiva de uma imagem – em sentido duplo – substitui o viver na primeira pessoa”.( JAPPE, 1997) em (BINGEMER, 2005: www.adital.com.br/site/noticia_imp.asp?cod=17639&lang=PT).
Diante desta citação, é possível compreender o porque do século XX nos EUA ser considerado o século das imagens. E o cinema americano ser sem dúvida um dos espetáculos mais suscetíveis para entender os coração e a mente das pessoas em lugares tão diferentes e peculiares.
            O que nos permite ver o espetáculo como algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível, sua única mensagem é "o que aparece é bom o que é bom aparece". A atitude que ele exige por princípio é aquela aceitação passiva que, na verdade, ele já obteve na medida em que aparece sem réplica, pelo seu monopólio da aparência. O espetáculo não quer chegar a outra coisa senão a si mesmo. Na forma do indispensável adorno dos objetos hoje produzidos, na forma da exposição geral da racionalidade do sistema, e na forma de setor econômico avançado que modela diretamente uma multidão crescente de imagens-objeto, o espetáculo é a principal produção da sociedade atual.
            São inúmeras as formas de representações que podem ser reconhecidas como espetáculo. Entre elas está: o teatro, a telenovela, o musical, os filmes, as minisséries, o balé na sua essência, a encenação da morte de Jesus na Semana Santa no interior do país, o show da super star Madonna com inúmeras performances e trocas de figurinos entre outras.
            “A vida imaginária dos deuses e heróis, são uma imagem que faz com que os "mortais" tentem suprimir sua vida tediosa, sonham em ser como eles, e viver suas aventuras, e o filme que é uma duplicação da vida, projeta essa identificação, fazendo dos atores e atrizes modelos e espelhos de imitações, e até mesmo uma mercadoria, é a multiplicação da sua imagem, uma potência mítica que atrai febrilmente. Segue-se o regime alimentar e corporal da estrela. Adotam-se maquiagem e os cosméticos que ela usa, imitam-se sua toilette, seu comportamento e seus tiques”. (MORIN, 1989: 67) em (http://www.artes.com/sys/sections.php?op=view&artid=15&npage=3).
            Enquanto parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência. Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência; a unificação que realiza não é outra coisa senão a linguagem oficial da separação generalizada.
O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens. O espetáculo não pode ser compreendido como abuso do mundo da visão ou produto de técnicas de difusão massiva de imagens. Ele é uma visão cristalizada do mundo. No mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento do falso, é uma atividade especializada que pelo conjunto das outras. É a representação diplomática da sociedade hierárquica perante si própria, onde qualquer outra palavra é banida, onde o mais moderno é também o mais arcaico. A origem do espetáculo é a perda da unidade do mundo e a expansão gigantesca do espetáculo moderno  exprime  a   totalidade  desta  perda.    (http://antivalor.vilabol.uol.com.br/textos
/krisis/iappe/tx)
            Eis por que o espectador não se sente em casa em parte alguma, porque o espetáculo está em toda a parte. Eis por que nossos valores mais profundos têm dificuldade de sobreviver em uma sociedade do espetáculo, porque a verdade e a transparência, que tornam a vida realmente humana, dela são banidas e os valores enterrados sob o escombro das aparências e da ­mentira que separam em vez de unir. (DEBORD, 1997).
Resumindo podemos dizer que espetáculo não é mais do que a linguagem comum desta separação. O que une os espectadores não é mais do que uma relação irreversível com o próprio centro que mantém o seu isolamento. O espetáculo reúne o separado, mas reúne o enquanto separado, confundindo o mundo real com a realidade que é apreciada.
 
ESPELHOS DICRÓICOS: conjunto de espelhos em forma de prisma colocado no interior da câmera de vídeo para decompor a luz.
ESTÉREO: do inglês stereo, sistema que se utiliza de dois ou mais canais para dar noção de espaço (esquerda, direita, frente e trás).
ESTEREÓTIPO: forma compacta obtida pelo processo estereotípico; repetição de gestos amaneirados, transformando – a em forma compacta, por meio de modelagem de uma matriz.
ESTILO: maneira de exprimir os pensamentos, falando ou escrevendo; moda; maneira de tratar; de viver; procedimento, conduta, modos,etc.
EXPLOSÃO: efeito digital que transforma uma imagem em vários fragmentos.

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