domingo, 24 de abril de 2011

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA


2 - MATERIAIS E DENOMINAÇÕES
BBB

BAGGY: calça com pregas dando largura nos quadris e com a parte inferior das pernas ajustadas. Diz-se também de blusões largos ajustados na cintura.
BALLONNÉ: saia com bainha virada para frente, franzida, presa ao forro reto e mais curto, formando efeito de um balão.
BAINHA: dobra com costura na extremidade de um tecido ou qualquer peça do vestuário.
BANDANAS: lenços dos pioneiros do oeste americano, redescobertos nos anos 70, definitivamente incorporado ao guarda-roupa jovem da década de 80. A estampa mistura traços primitivos indígenas com estampas cashmere. Aparece também como cinto em jeans, na cabeça e no pescoço.
BARRA: qualquer ornato ou acabamento que circunda ou guarnece peças do vestuário.
BARRA ITALIANA: bainha dupla de calça, lançada na década de 1930; barra virada e costurada para fora.
BASQUE: pequeno saiote costurado ao corpo de um vestido, blusa ou casaquinho. A  basque pode ser pregada, franzida ou simplesmente godê.
BAYADÉRE: estamparia com largas listras, irregulares e multicoloridas. O efeito listrado vem formando três barras em diferentes estampas com as mesmas cores – harmoniosamente temos um composée, perfeito para saias em pregas “colegiais”.
BLOOMERS: descreve a peça de roupa larga, franzida, semelhante a calças que sejam presas em algum ponto entre o joelho e o tornozelo, com elástico ou punho. Criada pela norte-americana Amélia Bloomers, para andar de bicicleta.
BLUSA: vestimenta com ou sem manga, ou gola; que termina na cintura ou pouco abaixo.
BOCA: parte inferior da calça por onde passam as pernas.
BOJO: alargamento ou saliência em forma convexa: o bojo do sutiã; que tem saliência curva.
BOLSO: espécie de pequeno saco preso ao vestuário.                             
BORDA: extremidade limite de uma superfície; o que guarnece ou circunda um contorno, como proteção ou adorno, parte contígua a um contorno: orla, beira, aba.
BOA: estola comprida, fofa e tubular, feita de plumas, pele ou até tule. Peça do vestuário usada para shows com visual vedete.
BOLSO EMBUTIDO: bolso feito com tiras presas, usado geralmente em ternos.
BORDADO: pontos decorativos feitos a mão ou à máquina.
BORZEQUIM: botina cujo cano é fechado com cordões entrelaçados.
BRAIES: tipo de caleçon franzido nas pernas e bufantes.
BRAGUILHA: abertura, com botões ou zíper, das calças.
BRETON:  Clássico chapéu de abas curtas e reviradas, com a copa modelando a cabeça.
BROCADO: tecido de seda pesado, em jacquard, com motivos em relevo abtidos através de efeitos da trama em fios metálicos, dourados ou prateados.
BODY SUIT: roupa colante, ajustada ao corpo, ressaltando os contornos.
BOTTOM:  parte inferior dos corpos e roupas. Saias, calças, bermudas, shorts.
BUCKLE: fivela.
BURCA: peça de tecido que cobre a cabeça e o rosto das mulheres muçulmanas.
BUSTIER: que cobre o busto. Pode ser curto como um sutiã ou comprido como espartilho.

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA


2 - MATERIAIS E DENOMINAÇÕES

AAA
ACABAMENTO: ato de rematar, de concluir; retoque, aperfeiçoamento.

ACESSÓRIO: “que não é fundamental”; é secundário; que se acrescenta sem fazer parte integrante de uma roupa – o acessório é o adicional que se junta ao complemento.

ACOLCHOA: preencher partes da roupa com tecido ou manta.

ACRÍLICO: fibras sintéticas leve, macias e quentes para o inverno ou fria, macia e semelhantes ao algodão para o verão.
AGULHA: peça cilíndrica, com diferentes espessuras em sua extensão, normalmente de aço temperado e cromado, com um dos lados possuindo um orifício e terminando em ponta.
ALINHAVO: tipo de costura, feito à mão.                                                                                                              
ALFINETES: os costureiros usam alfinetes de aço, inoxidáveis, alfinetes em “T” e com cabeça de vidro; pequena haste de metal com uma extremidade aguçada e a outra terminada em cabeça, para prender peças do vestuário.
ALINHAVO: costura temporária que mantém o tecido no lugar para as provas antes de a roupa ser costurada à máquina.
ALTURA DA BARRA: a linha, ou altura do corpo, onde a bainha é dobrada.
APLIQUE: retalho ou tecido decorativo costurado sobre outro tecido.
ARMARINHO: termo para aviamentos.
ARO/SUSTENTAÇÃO: aro de metal ou de plástico usado para sustentação de corseletes, sutiãs etc.
ASSIMÉTRICA: originalmente usava-se osso de baleia para esse fim peça com lados desiguais
AVESSO DE TECIDO: diz-se da parte oposta a principal, ao lado direito; contrário; verso.
AVIAMENTO: objeto agregado à roupa com caráter funcional ou decorativo, exemplos: zíper, entretela, fitas, botões, apliques metálicos e ou sintéticos, galões, etc.     

DESENHANDO FIGURINOS

Se você decidiu se tornar um(a) figurinista com certeza terá que passar para o papel suas idéias e inspirações, por isso resolvi deixar aqui algumas dicas de livros para você aprender a desenhar e jamais sofrer com o momento criador e criatura.


Desenho De Moda E Anatomia / Fashion Sketches And Anatomy (2009)

Autor: VOSS, DENISE
Editora: CLEO RODRIGUES

Este livro é destinado às pessoas que trabalham com moda e sentem dificuldade em desenhar a figura humana estilizada. Combinando o ensino tradicional com a anatomia humana, foram desenvolvidos 25 exercícios práticos apoiados em 257 ilustrações desenvolvidas para facilitar o aprendizado. Além de o corpo humano, o texto e as figuras oferecem dicas importantes para o desenho da roupa. Dessa forma, os criadores e estilistas poderão se expressar melhor através dos desenhos.

Desenho De Moda Avançado - Ilustração De Estilo (2010)

Autor: DONOVAN, BIL
Tradutor: CANEDO, JOANA
Editora: SENAC SAO PAULO
 Este livro é destinado às pessoas que trabalham com moda e sentem dificuldade em desenhar a figura humana estilizada. Combinando o ensino tradicional com a anatomia humana, foram desenvolvidos 25 exercícios práticos apoiados em 257 ilustrações desenvolvidas para facilitar o aprendizado. Além de o corpo humano, o texto e as figuras oferecem dicas importantes para o desenho da roupa. Dessa forma, os criadores e estilistas poderão se expressar melhor através dos desenhos.  
Se inspire com as referências abaixo e saia desenhando por ai!
Figurino para as Spice Girls feitos pelo lendário guru da moda Roberto Cavalli.
Figurino elaborado pela grife DSquared2 para a cantora Britney Spears na turnê "Circus".
Shakira no mundial de futebol. usou figurinos feitos por Roberto Cavalli.
O estilista Bob Mackie  assina os  figurinos usados pela diva Cher  no show do Caeser’s Palace, em Las Vegas.
Vários figurinos para shows, capas de disco, clipes, especiais de TV, trilhas para desfiles, entre outro feitos pelo estilista Ronaldo Fraga para a cantora Fernanda Takai.




PRÊMIO RETALHOS EM CENA

Pra você que acompanha o meu blog e curti figurino assim como eu, gostaria de pedir sua opinião para esolher toda  semana o(a) melhor figurinista pelo excelente trabalho realizado no mundo dos espetáculos. 


Para começar nada mais justo que entregar a estatueta  Retalhos em Cena para a figurinista Penny Rose do filme do "Piratas do Caribe: Navegando em águas misteriosas", previsto para estreiar no dia 26 de maio de 2011. 




Sinopse: Jack Sparrow reencontra uma mulher de seu passado e não tem certeza se ela está apaixonada ou se é uma mulher cruel que está usando-o para encontrar a Fonte da Juventude. Quando ela o força a embarcar no navio Quen Anne´s Revenge, comandado pelo legendário pirata Barba Azul, Jack se encontra em uma aventura inesperada em que ele não sabe quem temer: Barba Azul ou seu amor do passado.  




Penny Rose, é a figurinista que assina os trajes usados nos quatros filmes da série Piratas do Caribe: A Maldição do Peróla Negra(2003) , O Baú da Morte(2006) e o No Fim do Mundo(2007). Tudo começou com uma boa pesquisa histórica e iconográfica para compor os novos modelitos do filme como ela afirma:  ’’ Temos uma rica seleção em livros sobre a história da pirataria e geralmente passamos de três a quatro semanas garimpando feiras têxteis e lojas de tecidos antigos’’

Um bom exemplo disto são os figurinos inspirado nas legendárias piratas femininas Anne Bonny e Mary Read, consideradas no século XVIII tão perigosas quanto qualquer pirata masculino.

A pirata Anne Bonny, referência de inspiração.

Entre as propostas femininas sugeridas estão: camisas de algodão com babados nas golas e punhos, muito decote canoa e sobreposições  de corseletes reforçados com juncos e cordas engomadas, além dos
coletes bordados com fios metalizados desenvolvidos pela figurinista. 
Todo o figurino foi pensado de acordo com o  dseempenho do  personagem em cenas principalmente de luta, como as calças ao invés de volumosos vestidos com anáguas.

Então aproveite as fotos dos figurinos do filme incluindo o acervo da figurinista Penny Rose.

















Fonte das Imagens: http://www.adorocinema.com/filmes/piratas-do-caribe-4/trailers-e-imagens/

sexta-feira, 22 de abril de 2011

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA

1 – LINGUAGEM TÉCNICA

XXX
XADOR: traje feminino usado em alguns países mulçumanos, especialmente no Irã, que cobre todo o corpo, à exceção dos olhos.
XALE: pedaço de tecido quadrado ou retangular usado em volta dos ombros e amarrado frouxamente sobre o busto. Os primeiros xales usados como peças de alta moda chegaram à Europa no século XVIII, levados pelos soldados britânicos e franceses que voltavam das guerras na Índia. Os padrões e modelos desses xales influenciaram as versões européias durante os cem anos seguintes. No Reino Unido, os centros de tecelagem de Norwick e Paisley produziam inúmeros modelos de xale durante o século XIX. No início da década de 1880, os xales eram pequenos quadrados de seda; a partir da década de 1830, porém, surgiam como implantes peças de moda. As saias ficaram mais rodadas, e capinhas e mantos tornam-se insuficientes porque não cobriam adequadamente a exagerada silhueta. Os xales eram a alternativa, tanto dentro quanto fora de casa. Variavam das compridas e estreitas estolas das décadas de 1830 e 1840 aos enormes xales das décadas de 1850 e 1860. Xales indianos, principalmente os com motivos de “cone” de caxemira, foram muito usados durante todo o século XIX. Lojas especializaram-se em xales de algodão, renda, seda ou lã; lisos, estampados, bordados e, freqüentemente, franjados. Os xales continuam em moda no século XXI.


ZZZ
ZIBELINA: mesmo que marta-zibelina, espécie de marta, e a pele desse animal, usada na confecção de casacos, estolas, etc.
ZIQUEZAQUE: ponto de costura usado com fins decorativos ou para permitir que a costura estique no local.

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA


1 – LINGUAGEM TÉCNICA

UUU
URDUME(ver Urdidura): ato ou efeito de urdir; urdimento;  urdume; o conjunto dos fios dispostos no tear paralelamente ao seu comprimento, e por entre os quais passam os fios da trama.

VVV
VELCRO: tipo de fecho que é uma espécie de fita felpudas e sintéticas, compostas de macho e fêmea, utilizado em aberturas que não sofram muita pressão.
VIÉS: o sentido diagonal ou o ângulo de 45 graus quando a trama é entrelaçada ao urdume.
VISCOSE: fibra proveniente de celulose regenerada a partir de algodão ou polpa de madeira.
VISTA: abotoamento escondido sob tira de tecido, geralmente usado em casacos.
VIVO: fita ou tecido colocado sobre a costura para esconder ou decorar a bainha.

CASAMENTO REAL

Príncipe William com Kate Middleton

Com a aproximação do que promete ser o evento social mais importante do ano no dia 29 de abril, em Londres, o casamento real tem sido citado a cada dez segundos na internet, segundo a agência de marketing Greenlight.
As maiores curiosidades do público são em relação ao vestido da noiva, à lista de presentes e aos convidados. 
Pensando nisto, fiz uma retrospectiva de alguns modelos de vestido de noiva que deixariam Kate Middleton deslumbrante para subir ao altar. Com tantas opções fica difícil acertar, afinal ela encomendará três vestidos e usará apenas um.

Alexander McQueen
Abed Mahfouz
Viktor e Rolf
Galliano para Dior.


Jean Paul Gaultier

Armani Privé

REQUISITOS NECESSÁRIOS AO FIGURINISTA

Para se tornar um figurinista respeitado e admirado não é tão fácil assim. Antes de mais nada  é preciso preencher alguns requisitos e ter muito comprometimento com cada trabalho que irá executar, independentemente se for uma publicidade para a tevê ou uma ópera para o teatro. São eles:

- Criatividade e Interatividade;
- Organização;
- Pontualidade;
- Pesquisa;
- Sensibilidade e Comunicabilidade;
- Observador e Avaliador;
- Iniciativa e Dinamismo;
- Senso estético e apurado;
- Conhecimentos históricos, tipos de tecidos, técnicas de lavagem, tingimentos, etc..
- Noções de espaço, cenografia, iluminação e expressão corporal;
- Conhecimentos básicos de modelagem, costura, desenho de moda e história da moda/arte;
- Formação cultural;
- Saber ouvir.

Croqui desenhado por Colleen Atwood, para Helena Bonham Carter, que interpreta a rainha vermelha no filme Alice no País das Maravilhas de Tim Burtom.

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA

1 – LINGUAGEM TÉCNICA

TTT
TACTEL: tecido com fio de poliamida ou poliéster que passa pelo processo de “taslanização” – obtenção de pontos de encrespamento do fio por meio de jatos de ar comprimido.
TAFETÁ: tecidos lustrosos e armados, de seda ou poliéster, de trama fina e superfície com leve nervura no sentido da trama. É um dos mais antigos tecidos conhecidos pelo homem.
TAILLEUR: costume; conjunto de saia e casaco consagrado por Chanel, que simplificou o corte e adotou como roupa para diferentes ocasiões.
TAILOR: do inglês: alfaiate.
TECIDO: diz-se de um produto manufaturado, em forma de lâminas flexíveis, resultantes do entrelaçamento ordenado ou não de fios ou fibras têxteis entre si; O tecido pode ser de acordo com sua estrutura (formação): especial, não tecido, comum, malha e laçada.
TECIDO DE ALGODÃO: tecido de fibra natural vegetal extraída da semente do algodoeiro.
TELA: tipo de ligamento em que se utiliza a mesma quantidade de fios, tanto na trama como no urdume. Seda.
TERGAL: marca registrada (trade mark); tecido de fibra sintética que “não amassa e não perde o vinco”.
TERNO: traje masculino composto de paletó, calça e colete.
TEXTURIZAÇÃO: processo de obtenção de pontos de encrespamento dos fios por torção e fixação térmica; a texturização tem o objetivo de fornecer ao fio uma melhor textura e aparência, aumentando o aquecimento e a absorção e diminuindo a possibilidade de formação de bolinhas sobre o tecido.
TIE-DIE: é uma técnica de tingimento em que áreas do tecido ou da peça são amarradas com barbantes e mergulhadas na tinta, obtendo-se um motivo irregular e difuso.
TOP: a parte de cima do vestuário feminino, como uma mistura de miniblusa e bustier.
TRENCH-COAT: agasalho impermeável usado nas trincheiras pelos soldados ingleses durante a 1º Guerra; virou uma capa clássica no mais puro estilo Bogart, Bergmann, Bacal, Jackie Kennedy; casaco longo masculino ou feminino em diferentes tecidos.
TRICÔ: tecido de malhas entrelaçadas feito à mão, com duas agulhas especiais, ou à máquina. O tricô sempre foi muito usado, tanto para roupas funcionais quanto para roupas decorativas, em regiões rurais onde a lã era abundante. No século XIX, já se empregavam máquinas de tricô, mas somente no final desse século as peças de lã adquiriram grande popularidade. Na virada do século XIX para o XX, as mulheres tricotavam trajes elegantes, para serem usados fora de casa. Suéteres entraram em moda na década de 1920 e continuaram na de 1930. Durante as duas guerras, as mulheres tricotaram peças para os soldados, algumas das quais transformou-se em moda. Nos anos de 1950, fibras novas e mais flexíveis foram misturadas as lãs, aumentando a gama de desenhos, cores, texturas e possibilidades de uso. Nos anos 1960, o tricô estabeleceu-se fortemente no mundo da moda e, no final da década de 1960 e início da de 1970, houve um retorno do tricô artesanal, em grande parte devido à disponibilidade de fios em cores vivas e a padrões atualizados. Essa volta, particularmente nos anos 1970, associou-se à moda étnica.
TRAMA: o conjunto dos fios passados no sentido transversal do tear, entre os fios da urdidura; tela; fio grosso da seda; fio grosso com que se fazem certos tecidos.
TRASEIRO: diz-se da parte de trás de uma peça do vestuário.
TRANSPASSAR: passar além de; exceder; transportar de um lado para o outro. (na modelagem utilizamos muito o termo transpasse quando referimos a alguma linha, parte e ou detalhe que transpassa para o outro lado, posterior ao meio ou da metade do objeto a que se refere).
TRANSPASSADO: lapela bem larga cruzada na frente da roupa, geralmente com duas fileiras simétrica de botões.
TWEED: tecido de lã desenvolvido originalmente na Escócia, às margens do rio Tweed. A lã é cortada, os fios da trama são fantasias, com efeito, multicolor; tecido de lã cardada, grosso e rústico. Usado para ternos, mantôs, vestidos de inverno, etc.
TWIN-SET: peças germinadas. Exemplo: um cardigan com uma sweat-shirt; conjunto de blusa e casaco de tecido e padronagem iguais.

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA

1 – LINGUAGEM TÉCNICA

SSS
SAHARIENNE: roupa inspirada no uniforme dos legionários ingleses que serviram no deserto do Sahara.
Túnica com quatro bolsas (prega macho, lapela e botão), gola oficial, bermudão e cinto largo por cima da túnica. Um “must” em todas as coleções de Saint-Laurent.
SAINT-TROPEZ: calça justa no quadril, sem cós, umbigo a mostra, alargando as pernas para baixo em forma de sino (boca-de-sino).
SALOPETTE: jardineira (calça ou saia).
SARJA: tipo de ligamento da trama e do urdume com a técnica de tecer com o batimento salteado, resultando na trama em diagonal. Denominado, também, o algodão tecido com esta técnica.
SCARPIN (ESCARPAN): eterno e elegante sapato feminino. O modelo é clássico, básico, salto-alto, gáspea no lugar convencional.
SCHENTI: principal peça do vestuário masculino egípcio. Pano que recobria os quadris (tanga), sustentado por uma tira ou cinta.
SEDA: substância filiforme secretada pela lagarta da amoreira para formar o casulo. Também é denominado por seda o fio produzido a partir desta substância e o tecido em tela com este fio. Supõe-se que a seda tenha sido descoberta por volta de 2.640 a.C na China.
SEERSUCKER (ANARRUGA): tipo de acabamento com aplicação de resina termoplástica sobre tecidos naturais ou artificiais, que são submetidos a um amassamento fixado por alta temperatura e pressão. As fibras sintéticas sofrem o mesmo tratamento, mas sem a aplicação de resina.
SHANTUNG (XANTUNG): tecido em tela de fios de seda, rayon ou algodão, que se empregam fios fantasia com o resultado de elevações irregulares no sentido da trama. Hoje, o termo é utilizado para qualquer tecido grosso de aspecto. irregular.
SIANINHA: espécie de fita ondulada ou em ziguezague, geralmente feita de algodão, usada como adorno ou remate.
SILICONE: atualmente, usado também no vestuário, como opção para uma aplicação elástica e transparente, como, por exemplo, em alça de sutiã.
SILK-SCREEN: processo de reprodução de imagem sobre papel, vidro, metal, tecido com o emprego de um caixilho com tela de seda, nylon, aço inoxidável, etc; formando uma espécie de estêncil (máscara), no qual a tinta passa através dos ares permeáveis espremidas por um rolo ou puxador. Chama-se “silk screen” a estampa obtida por esse processo.
SOBRE-TINTO: tinturado; tingimento do tecido fabricado com o fio-tinto, como no caso do índigo, em que a trama é alvejada e o urdume é azul.
SOFT: tecido leve capaz de manter a temperatura do corpo em equilíbrio e indicado para vestuário de inverno e roupas esportivas.
SPADRILLE: sapato com solado em corda e base de lona.
SPENCER: paletó curto e ajustado, trunfo das passarelas internacionais. Masculino em preto ou branco; os femininos em brocados, veludos, redás e tafetá.
STONE WASHED aspecto de "usado" .obtido em peças que passam por lavagem industrial com pedras ou enzimas ..
STRASS: vidro que determina determinadas pedras preciosas ou diamantes, criada pelo joalheiro francês George Frédéric Strass (1700-1773); bijoux feita de vidro que imita pedras preciosas como o diamante.
STRETCH: a palavra inglesa significa esticar e diz respeito a tecidos com elasticidade obtida por meio de filamentos de poliéster texturizado.
STYLISTS: profissional que trabalha no backstage de um desfile conferindo o look final de um modelo, ajeitando roupas e acessórios, garantindo que está tudo lindo, tudo ótimo, tudo perfeito para o catwalk. Eles organizam todos os modelos para a entra na passarela e ajudam transportar o clima da coleção às meninas e meninos. Os stylists também trabalham em ensaios de moda e ... editoriais de revistas.
SWEATSHIRT: é a forma ou termo atual no que se refere aos suéteres e aos pulls.

PROFISSÃO: CAMAREIRA

A profissão é desconhecida do público, mas reconhecida no meio da moda. Embora trabalhem numa função que parece anônima, as camareiras são fundamentais para a realização de um espetáculo(novela, teatro , desfile, show musical ou cinema).  
Diariamente elas checam figurinos, passam roupas, separam as que têm que ir para a costura, organizam nas araras, fazem ajustes e, na hora do espetáculo, ajudam o elenco nas trocas de roupa, que acontecem muitas vezes em pouquíssimo tempo. São também elas encarregadas do bom estado dos camarins e dos figurinos, mantendo-as limpas, passadas e em bom estado.
Na sua nécessaire de trabalho, não pode faltar tesouras, linha e agulha, cola e até lápis e canetas. pois tem sempre alguém pedindo alguma coisa alguma coisa ou necessitando de um ajusto, de uma costura aqui ou acolá. 
Tininha ( Jaci de Souza) camareria da TVSBT com mais de 30 anos de profissão.
Rai e Izaquiel camareiros da TVSBT juntos comigo num momento de discontração.
Mariana Ximenes no colo da camareira Neide Chagas, num intervalo de gravação de “A Favorita”.

As camareiras Ruth Aprígio (esq.) e Ieda Ferreira no Teatro Vivo (SP). Montagem do espetáculo "Sopros de Vida" é dirigida por Naum Alves de Souza.
Meire Maron trabalha há 30 anos como coordenadora de camarim.
 Curiosidade:
Meire Maron é uma das mais tradicionais. Entre as suas incumbências está a de checar se as roupas ficam no lugar quando são desfiladas, ou se o salto escorrega no piso escolhido para revestir a passarela. Há como remediar: fita antiderrapante para os solados, ou mesmo uma sola adesiva de borracha. E fita dupla-face para tomara-que-caias, as mais usadas em desfiles de biquínis. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA

1 – LINGUAGEM TÉCNICA

RRR
RABO-DE-GALO: tipo de pluma, simulando o desenho das penas de um rabo de galo, muito utilizado em figurinos carnavalescos e de shows.
RÁFIA: fio industrializado das palmeiras africanas e americanas. Designada também o fio sintético que imita a ráfia.
REDINGOTE: do inglês “riding-coat” (traje de montaria); casaco ou vestido feminino, inteiro, ajustado na cintura, abrindo em evasê, abotoamento frontal duplo ou não, marcado nas costas com um martingale.
REGALO: agasalho para as mãos em forma cilíndrica, feito de pele, lã, cetim, tafetá ou pluma. Nas últimas coleções de “Haute-Couture” alguns mestres reeditaram com matelassê.
RENARD: do francês significa raposa. A mesma denominação para sua pele no vestuário; casaco de Renard.
RENDA: tecido delicado de linho, algodão, seda etc, cujos fios se entrelaçam compondo orifícios e desenhos, feitos à mão ou máquina.
RIBANA: malha com dupla face, uma diferente da outra.
RISCA DE GIZ: tecido com listras finas, geralmente de cores claras sobre. fundo escuro ...
ROCOCÓ: pensa-se que o termo deriva do francês “rocaille”, que significa “trabalho em pedra”. Termo usado para definir os estilos elaborados, frágeis e ornamentais de arte e arquitetura. Popular na Europa, na primeira metade do século XVIII.
ROULÉ (ROLE): gola alta e revirada no pescoço. Em malha ou lã e um clássico do inverno.
ROBE: indumentária intima feminina, geralmente, de mangas, comprida até os pés.

GLOSSÁRIO TÉCNICO DO FIGURINISTA

1 – LINGUAGEM TÉCNICA

QQQ
QUADRIL:  região lateral do corpo humano, compreendido entre a cintura e a articulação superior da coxa; cadeira; anca.
QUIMONO: traje japonês solto, de mangas amplas, com faixa larga presa em volta da cintura, introduzido na Europa no final do século XIX. Sua forma, desenho, corte e simbolismo inspira pintores como Toulouse-Lautrec, que passou a usá-lo, e outros, que retrataram mulheres vestidas em quimonos. Transformando em símbolo de vanguarda, sintetizando as idéias, traços e conceitos espaciais japoneses, me termo de moda, o quimono tornou-se popular no final do século XIX e início do século XX, com suas linhas minimalistas podendo ser freqüentemente vistas em figurinos hollywoodianos na década de 1930. No decorrer do século XX, a forma do quimono vem sendo usada para robes.
QUÍTON: traje usado por ambos os sexos na Grécia antiga. Os compridos, até os tornozelos, eram destinados às mulheres; para os homens alcançavam os joelhos. Eram um retângulo da lã preso nos ombros.

HELENA GASTAL : FIGURINISTA

Helena Campos nasceu no Rio de Janeiro, filha do médico Amador Campos e da dona-de-casa Nícia Ferreira Campos. Trocou a faculdade de Psicologia pela de Comunicação Social, mas não terminou o curso, porque tinha de dividir o tempo entre o trabalho na área de publicidade e os cuidados com a filha pequena. Do casamento, adotou o sobrenome Gastal, que manteve após a separação, por já ser conhecida assim no meio profissional.
 
Por dois anos, Helena Gastal foi assistente de direção e produtora em comerciais para rádio e televisão das agências DPZ, J.W. Thompson e Filmes Três. Em 1979, trabalhava como figurinista e produtora de arte freelance em comerciais para a televisão quando teve a oportunidade de estrear na TV Globo, como assistente da figurinista Marília Carneiro no seriado Malu Mulher (1979). Após seis meses no seriado, foi escalada para fazer sua primeira novela, Água Viva (1980), de Gilberto Braga e co-autoria de Manoel Carlos.
 
A figurinista já soma 26 novelas em sua trajetória na TV Globo, além de cinco minisséries e incursões por seriados, musicais, humor e programas infanto-juvenis. Entre suas relevantes novelas na emissora estão Ti-Ti-Ti (1985), de Cassiano Gabus Mendes, cuja trama abordava o universo da moda, sustentado pelos personagens dos costureiros rivais interpretados por Luis Gustavo e Reginaldo Faria; Brega & Chique (1987), do mesmo autor, que contrapunha a sofisticação da personagem de Marília Pêra à cafonice da suburbana vivida por Glória Menezes; Vale Tudo (1988), de Gilberto Braga, Leonor Bassères e Aguinaldo Silva - onde vestiu a inesquecível vilã Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall, com saias que deixavam os joelhos à mostra, para marcar a faceta sedutora da personagem; Mulheres Apaixonadas (2004), de Manoel Carlos, que a levou a fotografar todos os ambientes do Leblon, bairro da zona sul do Rio onde era ambientada a maior parte da história, para usar como referência na caracterização dos personagens; Sinhá Moça (2006), de Benedito Ruy Barbosa, trama de época que se passava no final do século XIX; e Paraíso Tropical (2007), de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, na qual a popular prostituta vivida por Camila Pitanga fez muito sucesso com seus ousados maiôs engana-mamãe e acessórios nada discretos, como enormes pares de brincos. Vale destacar, também, o figurino criado para a novela O Salvador da Pátria (1989), de Lauro César Muniz, onde sobressaiu a caracterização do protagonista Sassá Mutema, interpretado por Lima Duarte.
 
Muitos dos figurinos criados por Helena Gastal para tramas contemporâneas caíram nas graças do público, ávido por copiar modelitos de novelas de sucesso. A figurinista lançou a moda de academia de ginástica no Brasil por meio da novela Baila Comigo (1981), de Manoel Carlos, quando mandou produzir peças especialmente para a trama, como os meiões de lã, os conjuntos de casaquinho e calça comprida e as faixas de cabelo popularizados pela personagem de Betty Faria, que vivia uma professora de ginástica. Também alcançaram surpreendente sucesso a faixa de couro que a atriz Silvia Pfeifer usava no cabelo, na novela Meu Bem, Meu Mal (1990), de Cassiano Gabus Mendes, e o visual da atriz Lídia Brondi na novela Vale Tudo, com direito a penteado com franjinha.
 
Seu primeiro trabalho de época foi a minissérie Anos Dourados (1986), de Gilberto Braga. A trama lançou a atriz Malu Mader, que encantou o público vestida com figurinos dos anos 1950. Também merecem destaque produções como a minissérie Agosto (1993) - adaptação de Jorge Furtado e Giba Assis Brasil do romance homônimo de Rubem Fonseca, que mostrava personalidades históricas como o presidente Getúlio Vargas e o chefe de sua guarda pessoal, Gregório Fortunato - e Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados (1995), adaptação de Leopoldo Serran de Asfalto Selvagem: Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados, de Nelson Rodrigues, que retratava o universo do escritor.
 
No cinema, Helena Gastal fez os figurinos do filme Blame It on Rio (1984), de Stanley Donen, com Michael Caine, Demi Moore, José Lewgoy, Lupe Gigliotti, Tessy Callado, Eduardo Conde e Nelson Dantas no elenco. No teatro, assinou os figurinos da peça O Rim (2005), de Elias Andreato.
Para Helena Gastal, o vestido rosa de Bebel, vivida por Camila PItanga, foi um marco em 'Paraíso'.
As mulheres ricas em especial, parecem ter o corpo em forma de “S”, pois usam obrigatoriamente espartilhos, que demarcam a silhueta, busto pronunciado, cintura fina e saias muito amplas, em geral estruturadas com crinolinas e anquinhas.

 As roupas da atriz Deborah Secco estão gerando comentários. Suas roupas são sempre muito justas e curtas.

Fonte: http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYP0-5271-253903,00.html