Na Europa, o figurino é uma descoberta do final do século XIX, quando, pela primeira vez, as peças apresentaram personagens vestidas de acordo com as circunstâncias históricas e conforme as fantasias do encenador ou da equipe de criação.
Hoje o figurino também é um fator importante de abstração e tem um significado incerto e poético no espetáculo. Pois, por meio dele cria-se uma linguagem de formas, cores e texturas, informa-se a época, a situação econômica, política e social, indica-se a região e a estação climática, evidencia-se a cultura, o estilo da personagem e o aspecto psicológico, enfim, os elementos necessários para transmitir ao espectador o sentido do espetáculo e as relações entre as personagens.
George Bigot na sala de figurinos do Thêátre du Soleil, durante o ciclo de Shakespeare, 1982. (Photo: Martine Franck)
Fonte: ASPECTOS SEMIOLÓGICOS DA INDUMENTÁRIA DA POPULAÇÃO DE RUA CARIOCA – DESCONSTUINDO OS PARADIGMAS MUNIZ, Rosane. Vestindo os Nus: O figurino em cena. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2004, p.23.
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